quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dicionário etimoLÓGICO

Veja as contribuições que os alunos deram ao Dicionário etimoLÓGICO do Millôr Fernandes lido nas aulas:


Abala: o doce;

Acrescente: letra A que cresce;

Afirme: letra A forte;

Alimenta: olhe a bala;

Antigamente: uma velha mentirosa;

Apressadamente: a pressa da mente;

Apressadamente: o cérebro indo rápido;

Aumentado: latido com mentos;

Balada: doação de doces;

Cação: caça a letra O;

Cadeira: cadê  o Irã?;

Caixa: o chá  cai;

Caixão: o chão que cai;

Cigarra: unha musical;

Decrescente: a letra D que cresce;

Desamor: dezena de sentimento;

Doce: é  seu;

Documentado: ser com as nádegas mentoladas;

Espera: um tipo de fruta aposentada;

Favela: pessoa que faz vela;

Formiga: para uma amiga;

Girafa: coisa que não gira mais;

Ilegal: uma letra I divertida;

Imensamente: grande mentira;

Lago: vai lá;

Leão: leia ÃO;

Lindamente: a mente bonita;

Mensalão: sala grande com homens americanos;

Pelado: um ser vivo que tem um pé de lado;

Politicamente: ser vivo que tem política na mente;

Porca: por estes lados;

Português: carta escrita pelo Tuguês;

Rama: um sapo malvado;

Relógio: de novo com razão;

Roqueiro: roncador;

Saia: sai a letra A;

Sapato: um pato são;

Semente: não minta;

Soldado: sou um dado;

Viver: eu vi ela ver.


Obs.: O Dicionário etimoLÓGICO de Millôr Fernandes está presente no livro Circo de palavras. Coleção Para Gostar de Ler, vol.42. Editora Ática (páginas 100 e 101).

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

PARÓDIAS

A Minderela

Baseada em “Cinderela”

Era uma vez uma menina chamada Minderela que havia recebido este nome por ser uma menina muito bonita.
Faltava um mês para seu aniversário de 15 anos no melhor salão de festa da sua cidade.
[Observação: Ela ia convidar a banda “Restart”, muito famosa no momento].
Só que ela precisava de um par para a dança final. E, durante uma semana, só ficava na janela esperando o seu “príncipe encantado”, até que um dia ela resolveu fazer um teste [Observação: Faltavam apenas três dias para sua festa]. Ela chamou três garotos e disse:
- Eu vou fazer um teste com vocês.

Primeiro dia de teste:
Ela chamou o primeiro candidato (seu nome: Gerisbelto) e perguntou:
- Quanto é 934.759.348 + 2.493?
Em cinco segundos, ele respondeu:
- É 934.761.841 [ Observação: A resposta está certa!].
Depois ela chamou o segundo candidato (nome: Clerustotoisede) e perguntou:
- Quanto é 934.759.348 + 2.493? [Observação: A mesma pergunta do 1º e ela irá usar em todos os candidatos]
Em 29,9 minutos, ele respondeu:
- Muito fácil, é 2.
A seguir chegou o terceiro candidato (nome: Bralidonesgo) e perguntou:
- Quanto é 934.759.348 + 2.493?
Em 1 hora e 59,6 minutos, ele respondeu:
- “Dã...”, 99.

Segundo dia de teste:
Chegou o Gerisbelto. Ela perguntou:
- Se você saísse comigo, onde me levaria?
Ele respondeu:
- Te levaria a um show de ópera em São Paulo.
Depois chegou o Clerustotoisede. Ela perguntou:
- Se você saísse comigo, onde me levaria?
Ele disse:
- Te levaria a um show da banda “Hori”.
A seguir, o Bralidonesgo. Ela perguntou:
- Se você saísse comigo, onde me levaria?
Ele falou:
- Levaria a um jantar chique.

Terceiro dia de teste, também dia da festa:
No terceiro dia, ela já sabia que teria de escolher alguém. Então chamou os três e disse:
- O primeiro é muito inteligente, porém é muito chato. O terceiro não é nada, nem inteligente, nem legal. E o segundo é legal e maneiro, porém não é nada inteligente. Então não ficarei com nenhum.
E no fim ela teve sua festa sem par e muito mais feliz.

Por Sarah de Paula Santos
A decepção

Baseada em “A cigarra e a formiga”

Uma formiga e uma cigarra eram muito amigas. No verão a formiga trabalha que nem uma condenada, mas porque quer. Ela diz que em fábulas é sempre bom trabalhar bastante.
A cigarra só canta e dança.
Eu sei que vocês, leitores, acham que a cigarra vai “dançar”. Então ouçam o resto:
Chega o inverno.
A formiga, exausta, entra em sua toca cheia de comida. De repente ela ouve alguém bater na porta, é sua amiga cigarra. A mesma estava vestida com um lindo casaco de pele e com uma guitarra na mão.
- Vou passar o inverno em Paris - disse a cigarra. - Você pode cuidar da minha toca?
- Claro. Mas por que você vai para Paris? - perguntou a formiga.
- Eu cantava num restaurante. E um produtor me contratou para fazer shows em Paris. - respondeu a cigarra - Você quer alguma coisa de lá?
A formiga disse:
- Se você encontrar um tal de La Fontaine, traz ele aqui que eu vou falar umas poucas e boas para ele.
Moral: Trabalho só dá certo em fábulas originais.

Por Rafael Froner Prando 

A Chapeuzinho Apaixonada

Baseada em “Chapeuzinho Vermelho”

            Era uma vez uma menina chamada Ângela, de 16 anos de idade, que morava num condomínio fechado com sua mãe e com seu pai.
Ela tinha esse apelido de “Chapeuzinho” porque ela vivia com uma touca amarela.
Observação: Ah, não esqueçam que, durante o texto, eu vou chamá-la de Chapeuzinho, não de Ângela!
Todos os domingos, Chapeuzinho ia à casa de sua avó Maria.
Num dia, a mãe de Chapeuzinho disse para ela:
- Chapeuzinho, eu fiquei sabendo que a sua avó está doente!
- Nossa, mãe, o que você acha de ir lá visitar ela? - pergunta Chapeuzinho.
- Isso é uma ótima idéia. Que tal se a gente levasse um bolo para ela? - diz a mãe de Chapeuzinho.
- Isso. Então vamos lá! - diz a Chapeuzinho.
Então Chapeuzinho e sua mãe foram “voando” no supermercado, com sua Ferrari360 Spider, comprar um bolo, e de lá foram para a casa da avó de Chapezinho.
Quando chegaram lá, deram o bolo para a avó de Chapeuzinho e conversaram um pouco, até que a Chapeuzinho cansou de ficar lá e foi dar uma volta no quarteirão da casa.
De repente ela avistou um garoto chamado Rogério, de 17 anos de idade, e se apaixonou imediatamente.
- Chapeuzinho, Chapeuzinho, vamos embora! - diz a mãe da Chapeuzinho, chamando-a.
Cinco dias depois que Chapeuzinho se apaixonou, ela reencontra Rogério e começam a namorar.
Três anos depois, eles se casam e vivem felizes para sempre.

Por Nathan Mendes Antonangelo
Enrolada

Baseada em “Rapunzel”

Era uma vez uma princesa chamada Enrolada. Ela vivia numa torre muito alta, com quilômetros de altura, por isso nunca havia saído de lá. Essa princesa tinha o cabelo muito grande, pois nunca havia cortado.
Um belo dia, a princesa ouve o som de pedras batendo no vidro de sua  janela e vai ver o que é. Quando abre a janela e olha para baixo, vê uma pedra vindo em sua direção. Segundo depois, a pedra bate em sua testa. Ela dá um berro e vê que lá embaixo tem um homem gordinho se ajoelhando e pedindo desculpas. Ao olhar para cima e ver que a princesa está bem, ele se levanta rapidamente e diz:
- Minha linda princesa, sou um príncipe e vim te salvar!
Em resposta, a princesa diz:
- Tá.
- Então, jogue sua linda trança para que eu possa subir.
A princesa concorda e joga o grande cabelo para baixo. O príncipe diz que vai começar a subir, mas quando se pendura no cabelo dela, ela sai voando por causa do peso. Desse dia em diante, a princesa nunca mais foi vista, e o príncipe gordo viveu sozinho para sempre.

Por Milena Magalhães Silveira
Os três lobinhos

Baseada em “Os três porquinhos”

Num belo dia, a mãe loba disse aos seus lobinhos que eles já estavam maduros e os mandou montarem sua própria casa e cuidar de suas vidas.
Então, os lobinhos Kadu, Zico e Cisso saíram por aí tentando encontrar um lugar bom, pois eles combinaram de ser vizinhos. Acharam três casas vizinhas à venda lá no Bosque dos Eucaliptos. Kadu morava na casa 432, Zico na casa 433 e Cisso na casa 434.
Cisso era muito esperto e era o mais velho. Já Zico era o irmão do meio, um pouco esperto. E Kadu era o caçula, pois tinha menos experiência e era menos esperto.
A casa do Kadu era pior porque ele não tinha dinheiro, pois tinha comprado um Playstation 3, uma TV de 57 polegadas e um Audi A8 450cv e estava desempregado.
A casa do Zico era um pouco melhor, porque ele era garçom de um restaurante, mas tinha comprado colares, perfume e um Hyundai IX35, então não tinha tanto dinheiro assim.
Já o Cisso tinha estudado e tinha mais experiência, então tinha uma casa grande feita de tijolo, que ele construiu com o dinheiro do salário, pois era advogado e professor. Também comprou um Honda Accord e móveis para sua casa.
De repente a mãe loba conta a eles que há um porco perigoso na cidade e que o porco gosta de comer lobos.
Um belo dia, o Kadu estava jogando videogame, quando ouviu um ronco. Assustado, saiu pelos fundos e foi para casa do Zico. Chegando lá, Zico estava comendo e também ouviu um ronco. Assustados, foram para a casa do Cisso. Lá o Cisso mandou acionar os alarmes. Então o porco foi à casa do Cisso e assoprou a casa.
Já que era resistente, o porco tentou entrar pela janela, mas ficou preso, já que era gordo, e tinha um alarme que fazia a janela fechar. Então a janela fechou no porco e prendeu-o. Logo Kadu pegou o telefone e ligou para a polícia e a polícia prendeu o porco.
Depois, quando Kadu e Zico estavam voltando, viram suas casas desmoronadas. Então os três lobinhos passaram a morar juntos.

Por Luís Guilherme Medeiros de Farias
Transformação e beleza


Um tempo atrás, umas pessoas viviam em uma aldeia. Elas eram muito egoístas, por isso viviam longe do mundo.
Um dia, uma bruxa tentou ajudá-las, mas elas recusaram e a bruxa as amaldiçoou.
Um dia, uma garota estava passeando em uma floresta sem ligar, toda sem atenção, pra cá e pra lá. Depois de falar “lá e cá”, ela se toca e vê que está em sua aldeia, mas é tudo diferente: casas, cercas, animais e pessoas. Porém, o nome é o mesmo.
Então ela se depara com caretas horríveis das pessoas que falam com ela. Ela acha tudo feio.
Um homem pede um beijo, e a menina fala: “Só se for na bochecha”. O homem aceita, só que, na hora do beijo, ela vira uma pessoa horrenda, uma bruxa velha, rabugenta e chata, e as outras pessoas ficam lindas e perfeitas. Essas pessoas a deixam lá sozinha, e nem todos viveram felizes para sempre.

Por Lucas Sousa de Freitas Santos